segunda-feira, 7 de setembro de 2015

BRASILEIRO


"Sou brasileiro de estatura mediana
Gosto muito de fulana mas sicrana é quem me quer
Porque no amor quem perde quase sempre ganha
Veja só que coisa estranha, saia dessa se puder..."

Lero lero- Edu Lobo
http://letras.mus.br/edu-lobo/45625/

Nasci brasileiro meridional do paralelo 30, em Porto Alegre – RS, quando o Brasil sagrava-se Campeão Mundial de Futebol, em junho de 1958.

O dado populacional estimado para o Brasil era de 62.725.000 habitantes.
Quando ingressei no Ginásio (equivalente a 6ª - 9ª série do ensino fundamental atual), em 1971, já conquistáramos o Tricampeonato Mundial de Futebol em 1970, no México, e éramos “Noventa milhões em ação”.

Portanto, minha infância foi nos anos 60; minha puberdade e adolescência nos anos 70 e ingressei na Adultez nos anos 80. Sou considerado pelos especialistas como um cara da Geração X. (http://www.infoescola.com/sociedade/geracao-x/)

Quero abrir uma janela para homenagear ao Nando Pinheiro que tão bem resumiu o “modus operandi” dos que integraram minha geração, em Nascidos Antes de 86. (https://www.youtube.com/watch?v=-j0iVzsLMro)

Eu e minha atual esposa entramos na Maturidade (etapa que se inicia aos 55 anos aproximadamente) sendo que, como a maioria dos indivíduos da nossa geração já dedicamos 40 anos ou mais de nosso trabalho ao País.

Abro uma segunda janela: os brasileiros de origem pobre começam a trabalhar muito cedo e a inserção no mercado formal de trabalho se dá, às vezes, até dez anos depois do primeiro “bico”.
Este hiato faz com que a contribuição à Previdência Social se dê tardiamente, e em consequência levando a uma aposentadoria acima dos sessenta anos. Com as mudanças econômicas que ocorreram nos últimos cinquenta anos e influenciaram positivamente a qualidade de vida da Nação, ofertamos aos nossos filhos uma compensação ao que passamos e, por sua vez, procurando poupá-los, investimos em Educação e cuidados para que cheguem à idade adulta, para só então, ingressarem no mercado formal de trabalho (aplica-se aos filhos das classes A, B e C). Recentemente, há famílias em que os filhos permanecem agregados à Matriz Pai e Mãe ou a um desses dois, e fazem especialização, Mestrados e Doutorados para integrarem a Força de Trabalho deste País. Com a presente Recessão no Brasil, deparamo-nos com o problema do desemprego, o que forçosamente adia o ingresso de uma fatia considerável de jovens ao primeiro emprego, bem como interrompe a contribuição à Previdência Social, por parte dos desempregados.

Abro uma terceira janela: Um colega meu de Guerreiros do Coração (www.guerreirosdocoracao.com.br) cita que o líder indígena Kaka Werá, (kakawera.blogspot.com) de origem Caiapó, fez uma contribuição antropológica essencial e que necessita ser investigada por todos nós.
Como é do conhecimento de todos, os indígenas aqui viviam quando da chegada dos portugueses em 1500. O Pau-Brasil - árvore muito utilizada como madeira e corante foi levada pelos portugueses ao Reinado. Àqueles que extraiam e levava esta madeira, os indígenas chamavam de brasileiros, ou seja, nome dado aos que roubavam Pau-Brasil. Este mesmo colega, afirma que ficou impregnado em nosso Inconsciente Coletivo – Um povo que rouba de si próprio.
Refira-se que a colonização, do século XVI ao XIX, dizimou a riqueza da Cultura Indígena.

Será que é possível buscarmos uma cura coletiva para nossas mazelas?

Será que conseguiremos extirpar a corrupção da história de nossa Nação?

Tentando fechar a postagem de hoje
A Força deste País não está no Governo e sim no povo que constituí essa Nação, o qual na grande maioria é honesto e trabalhador. Dada à criatividade e a resiliência, nós brasileiros, sairemos da Crise, que é política, econômica e social.

Precisamos acabar de vez com:
A
Analfabetismo
B

C
CORRUPÇÃO
D
Desmatamento
E

F
Fome
G

H

I

J

L

M

N

O

P

Q

R

S

T

U

V

X

Z


Esta listagem está entreaberta e os convido a me auxiliarem a desenvolver o ABC da MUDANÇA.

Acredito que é chegada a hora de cada um olhar para si, perscrutar suas sombras, ousar em construir uma sociedade melhor, mais justa e igualitária, que permita o acesso à Educação, Moradia, Saúde e Segurança – itens básicos e universais.

E desde já, afirmo que não tenho interesse político.

Meu anseio é pelo resgate de nossa Ancestralidade, que é Indígena, Africana e mesclada aos povos europeus e asiáticos que aqui aportaram posteriormente. Somos todos mestiços. Precisamos reafirmar nossas origens, encontrando a Energia que pulsa neste imenso território e em cada um de nós. Somos atualmente duzentos e quatro milhões de habitantes – Brasileiros – com muito orgulho e muito Amor.
Necessitamos cessar a expropriação de nossas riquezas naturais; reduzir paulatinamente a corrupção da rotina deste País. Fazer aflorar para o mundo nossas qualidades, tendo a consciência de nossos defeitos, dentre eles, a tradicional busca de levar vantagem em tudo.
A corrupção é tamanha neste País porque olhamos primeiro para nosso umbigo. Queremos o melhor para nós e para nossos familiares ou amigos. Não temos o hábito de pensar coletivamente. Pensamos partidariamente, clubisticamente, segmentariamente.

Que a Luz se faça em nossa Caminhada.
07/09/2015

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A grande teia da Vida tem meandros, tal qual um fio a ser puxado e que serve de possibilidade de autodescoberta. Investiguei a respeito desses meandros em cada momento e ao olhá-los separados,são fragmentos, mas ao olhar o meu passado e o presente, interpondo o futuro, por que não, me vejo inteiro, um Ser único, cuja identidade se faz ao relacionar-se. 
Segundo Edward Bach [1], “Saúde é estarmos em harmonia com nossa alma”.  

Abaixo, reflexões minhas sobre o tema Fragmentos:

FraGmenTos
O segundo o é, em relação ao momento;
A tempestade contém a força de muitos ventos.
Eu, no Ontem, no Hoje e no Amanhã,
Retalhos de um Patchwork
Pedaços de um mosaico
Facetas conhecidas e encobertas de mim
Tons de vermelho intenso à carmim
Fragmentos de uma concretude estéril,
Porque sou humano.
Porto Alegre, 04/10/2008

Fragmentos II
Pigmentos em pinceladas lançam vida à obra.
Ela expressa um sentimento, ou melhor,
vários sentimentos condensados em um momento.
Não sei se saberia pintar meu auto-retrato.
Traços conscientes fisionômicos
Pintaria a Paixão, a Raiva, a Mágoa com tracejados econômicos?
Dentro de mim reverberam os sentimentos já percorridos nessa Vida
a todos eles dei guarida,
porque não há como não senti-los,
contudo, alguns habitam o fosso do inconsciente;
outros jazem ou pulsam na consciência de que, com certeza,
Sou mais do que pareço e me conheço!
Sou luz e sombra em contrastes
Sou rabisco, a carvão e giz.
Desse que me fiz e um que me busco em SER.

Porto Alegre, 04/10/2008



[1]Edward Bach foi um médico britânico, desenvolveu as essências florais de Bach, uma forma de medicina alternativa inspirada em clássicas tradições homeopáticas.

RAZÃO E PAIXÃO




E a sacerdotisa falou novamente e disse: “Fala-nos da Razão e da Paixão”
E ele respondeu, dizendo:
“Vossa alma é frequentemente um campo de batalha onde vossa razão e vosso juízo combatem contra vossa paixão e vosso apetite”.
Pudesse eu ser o pacificador de vossa alma, transformando a discórdia e a rivalidade entre vossos elementos em união e harmonia.
Mas como poderei fazê-lo, a menos que vós próprios sejais também pacificadores, mais ainda, enamorados de todos vossos elementos?
Vossa razão e vossa paixão são o leme e as velas de vossa alma navegante.
Se vossas velas ou vossos lemes se quebram, só podereis ficar derivando ou permanecer imóveis no meio do mar.
Pois a razão, reinando sozinha, restringe todo o impulso; e a paixão, deixada a si, é um fogo que arde até sua própria destruição.
Portanto, que vossa alma eleve vossa razão à altura de vossa paixão para que possa cantar;
E dirija vossa paixão a passo com a razão, para que possa viver uma ressurreição cotidiana, e tal a fênix, renascer de suas próprias cinzas.
Gostaria de que tratásseis vosso juízo e vosso apetite como trataríeis dois hóspedes amados em vossa casa.
Certamente não honraríeis a um hóspede mais do que ao outro; pois quem procura tratar melhor um dos dois, perde o amor e a confiança de ambos.
Entre as colinas, quando vos sentardes à sombra fresca dos álamos brancos, partilhando da paz e da serenidade dos campos e dos prados distantes, então que vosso coração diga em silêncio: “Deus repousa na Razão”.
E quando bramir a tempestade, e o vento poderoso sacudir a floresta e o trovão e o relâmpago proclamarem a majestade do céu, então que vosso coração diga com temor e respeito: “Deus age na Paixão”.
E já que sois um sopro na esfera de Deus e uma folha na floresta de Deus, também devereis descansar na razão e agir na paixão.


(Extraído de O Profeta, de Kalil Gibran, 1974, p. 47-8)

terça-feira, 1 de setembro de 2015

CAMINHO
Crer é,
Acreditar no que dita o coração.
Meus passos se equilibram entre passado e futuro
Inquietando-me o pendular entre Emoção e Razão.
Na quietude, vivo o
Hoje.
Ousar minha reinvenção é integrar as diversas facetas minhas resignificando esse processo dialógico e trazendo a mim a autoria de meu Ser.






Revelar
Relevar
Elevar a frequência para que a Alma se descortine
mostrando as dores, as lacunas e as belezas da vida.
A autoria de meus passos, ao longo da caminhada me forjou:
sou ambiguidade, quando me comparo ao outro

sou autenticidade, quando me aceito.

Caminhante


Caminhante, são teus rastros o Caminho, e nada mais;
Caminhante, não há Caminho,
Faz-se o Caminho ao andar.
Ao Andar faz-se o Caminho,
E ao olhar-se para trás
Vê-se a senda que jamais
Se há de voltar a pisar.
Caminhante, não há Caminho,
Somente sulcos no mar.

Poema do poeta espanhol Antônio Machado
 (1875-1939)

Intitulo-me um Caminhante, embora todos o sejam, mesmo que não estejam habituados às caminhadas físicas.

Jamie Sams em seu livro As Cartas do Caminho Sagrado afirma que os nativos norte-americanos entendem que cada indivíduo percorre dois caminhos nesta existência:
A Estrada Vermelha, que representa a Vida Física, e que para os indígenas nasce no Leste (nascer do Sol) e finda no Oeste, direção dedicada aos nossos ancestrais.
A Estrada Azul, que representa nossa caminhada espiritual que está simbolizada no percurso Sul (Mãe Terra) ao Norte (Pai Céu).

Uma maneira interessante de perceber a CRUZ.

No nosso dia a dia cada vez que tivermos de optar por uma Decisão (Caminho) estaremos diante de uma encruzilhada.

Caminhar é percorrer, neste plano físico, nossa experiência desde o nascimento até a morte.

As etapas da Vida são partículas específicas de experiência e aprendizagem, que se sobrepõem tal qual uma ilha que surge do acúmulo de minúsculos grãos de areia.
Ao longo de minha Caminhada tenho buscado respostas às inquietações que afligem a humanidade.

Quem sou eu?
De onde vim?
Para onde vou?

Estas inquietações milenares tem feito com que cada Civilização busque e encontre suas respostas.

Assim como o ditado popular afirma que todos os caminhos levam a Roma, penso que todas as religiões levam ao Criador. Penso mais ainda, que o Divino não está fora de nós, e, sim dentro de nós. O propósito deste blog é compartilhar experiências de caminhadas pela Vida.

Inicialmente serão gotas homeopáticas de pensamentos, arte, música, poesia – formas de expressão humanas que, às vezes, nos conectam com o Cosmos.

01/09/2015